cotidianico

em um corredor sem portas
sem janelas
sem sossego

onde o vento nao canta
onde tudo que passa - devaneio

o suspiro que cessa a boca da anta
o sussurro que escraviza o peito alheio

passa bem perto do colchao onde durmo
e
durmo
tranquilo
durmo

pois as molas nas costas ja nao incomodam

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